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Mudanças climáticas: e daí? 4u321

13/06/2024 - Por Marcelo Tortolero, Engenheiro geólogo pela Universidade Federal de Pelotas 3g195d


Mudanças climáticas: e daí?

Nos últimos anos, muito tem se falado sobre mudanças climáticas. Alguns exemplos de como o nosso país tem sido afetado por essas mudanças são as enchentes que afetaram mais de 650 mil pessoas entre o ano ado e este ano no Rio Grande do Sul, a morte de mais de 900 pessoas na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, e as chuvas que devastaram o litoral norte de São Paulo em 2023.

Mas o que são essas tais mudanças climáticas? Bom, elas vão desde mudanças que podemos perceber facilmente, a mudanças que talvez nem percebemos. Mas te peço, confie em mim: o derretimento das geleiras e o aumento da temperatura média global são uma realidade! E não vai ser uma única semana de frio no mês de julho que vai te dizer o contrário, não é mesmo? Já as mudanças nos padrões de chuva, nós conseguimos reparar no nosso dia-a-dia. Normalmente, atividades essas que estão associadas à emissão de gases de efeito estufa.

Agora, você leitor deve estar se perguntando: e daí? Não se preocupe, meu papel aqui é te ajudar a responder a essa pergunta. Para isso, vou me apoiar em dois exemplos práticos que os moradores de nossa cidade vivenciaram neste ano de 2024.

Mas primeiramente, gostaria que você, caro(a) leitor(a), mantivesse em mente um trecho da bela canção de Tom Jobim: “...são as águas de março fechando o verão. De fato, no início dos anos 1970 (quando a música foi composta), as águas de março fechavam o verão. Mas não mais.

Na nossa querida Paraguaçu, o verão parece ter sido fechado com um pouco de atraso em 2024. Basta olharmos para os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, para percebermos que as chuvas de abril deste ano corresponderam a quase o triplo das águas de março.

Lembra dos exemplos que Paraguaçu Paulista vivenciou, que eu comentei no início deste texto? Então…

No dia 15 de abril, os moradores do bairro Rancho Alegre, mais uma vez, se viram limitados a realizar suas atividades cotidianas devido ao impacto da chuva. E já adianto para você, caro(a) leitor(a)… não! A culpa não é de São Pedro. Não é de hoje que os moradores do Rancho Alegre sofrem com tal situação.

Em menos de 2 meses após essa chuva de abril, a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Paraguaçu Paulista publicou uma nota informando a ação da Defesa Civil em conjunto com vigias e a Guarda Municipal, para conter um incêndio na área urbana próxima à linha do trem. Na nota, a prefeitura destaca a importância da conscientização da população a respeito dos riscos de queimadas durante o período de estiagem na cidade.

Agora eu me sinto no dever de te fazer uma pergunta, caro(a) leitor(a). Quando foi que houve alguma atividade de conscientização da população paraguaçuense a respeito de desastres naturais? Pergunto humildemente, porque não me recordo. Não me parece nada justo o poder público destacar a importância de uma certa conscientização, sem antes fazer o que lhe cabe: EDUCAR!

Embora esses dois exemplos não estejam ligados a eventos extremos, gostaria de propor uma reflexão. Muitas cidades gaúchas nunca tinham experienciado eventos extremos, até experienciar. Paraguaçu, até então então não viveu algo parecido, mas até quando?

A Organização das Nações Unidas (ONU) coordena uma iniciativa chamada Construindo Cidades Resilientes (MCR2030), que tem como objetivo estimular a construção de cidades resilientes em relação aos desastres naturais e às mudanças climáticas. 292 municípios brasileiros aderiram ao programa para planejar cidades capazes de resistir, absorver, adaptar-se e recuperar-se rapidamente frente a eventos climáticos extremos. Infelizmente, Paraguaçu Paulista não se encontra na lista.

Gostaria de finalizar este texto com um apelo: que neste ano eleitoral, busquemos por candidatos que olhem com seriedade para as pautas ambientais. Felizmente, Paraguaçu ainda não enfrentou catástrofes de grandes dimensões. Mas precisamos estar preparados!

 

Por: Marcelo Tortolero, Engenheiro geólogo pela Universidade Federal de Pelotas, e doutorando em Ciência e Tecnologia para o Meio Ambiente e Saúde pela Universidade de Sannio de Benevento (Itália)



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